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quarta-feira, 21 de abril de 2010

AVC. Prevenir factor de risco

Transcrição:
Controlo da arritmia cardíaca pode reduzir mortes por AVC
Jornal de Notícias 21-04-2010. Por Alexandra Inácio

Estudo revela que 2,5% dos portugueses, com mais de 40 anos, sofrem de fibrilhação auricular

O controlo da fibrilhação auricular pode reduzir o número de Acidentes Vasculares Cerebrais - uma das principais causas de morte em Portugal. Um estudo revelou que cerca de um quarto dos AVC acontece, directa ou indirectamente, devido a essa arritmia.

O alerta feito ontem na Sociedade Portuguesa de Cardiologia é claro: "milhares" de vidas por ano podem ser salvas em Portugal se houver maior controlo da incidência da fibrilhação auricular (FA). O rastreio pode ser simples, uma vez que o diagnóstico pode ser feito a partir de exames evasivos de rotina, como o electrocardiograma ou ecocardiograma; basta os portugueses e os clínicos gerais estarem mais atentos à sintomatologia de alerta: palpitações, falta de ar, cansaço fácil e batimentos cardíacos irregulares.

"A probabilidade de uma pessoa com fibrilhação auricular ter um AVC é cinco vezes superior à da população em geral, no mesmo grupo etário"; e a de morrer é o dobro, garante Daniel Bonhorst, presidente do Instituto Português do Ritmo Cardíaco (IPRC).

O IPRC e a Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Electrofisiologia (APAPE) realizaram o primeiro estudo sobre a prevalência da fibrilhação auricular em Portugal. As conclusões, apresentadas ontem à Imprensa e no Congresso de Cardiologia, na semana passada, revelam que 2,5% dos portugueses na faixa dos 40 anos sofre dessa arritmia cardíaca; ou seja, mais de 121 mil portugueses. Os investigadores avaliaram 10447 indivíduos, de ambos os sexos. João Primo, da APAPE, tem "certeza" que a taxa de prevalência é superior se for feito um rastreio em Portugal.

A fibrilhação auricular é a arritmia cardíaca "mais frequente nas consultas e urgências hospitalares". A partir dos 50 anos a sua taxa de incidência duplica, por cada década de vida, podendo ultrapassar os 10% entre as pessoas com mais de 80 anos.

Entre os 261 indivíduos identificados no estudo, 38% não estavam diagnosticados. Pedro Adragão, vice-presidente do IPRC, frisa que "em cada 12 episódios só um pode ser sintomático"; isto é, os sintomas podem passar despercebidos, por exemplo, as pessoas podem reduzir a sua actividade física e inibirem os sintomas.

2 comentários:

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Querido amigo,

Muito bem mesmo e mesmo a calhar.
Estes conselhos nunca são demais.

Beijinhos

A. João Soares disse...

Querida Amiga e colega Ná,

Cada um contribui com o que pode. A Ná oferece as suas saborosas receitas. Eu vou aproveitando o peixe que cai na rede.
O objectivo é ajudarmos os nossos visitantes a terem saúde através de bons conselhos e boas sugestões de alimentos sãos.

Beijos
João
Do Miradouro