Páginas

terça-feira, 26 de novembro de 2019

BENEFÍCIOS DO PIRIPIRI

Benefícios do piripiri
Piripiri, Jindungo ou Gindungo, malagueta, não importa qual dos nomes

Quem utiliza o Gindungo no dia-a-dia está levando, além de tempero, uma série de medicamentos naturais: analgésico, anti-inflamatório, xarope, vitaminas, benefícios que os povos primitivos descobriram há milhares de anos e que agora estão sendo comprovados pela ciência. O gindungo faz bem à saúde e o seu consumo é essencial para quem tem enxaqueca.

Esta afirmação pode cair como uma surpresa para muitas pessoas que, até hoje, acham que o condimento por ser muito picante deve ser evitado.

O gindungo traz consigo alguns mitos, como por exemplo o de que provoca gastrite, úlcera, pressão alta e até hemorróidas.. 
Nada disso é verdade. Por incrível que pareça, as pesquisas científicas mostram justamente o oposto!
A substância química que dá ao gindungo o seu carácter ardido é exactamente aquela que possui as propriedades benéficas à saúde. No caso da pimenta-do-reino, o nome da substância é piperina.
No jindungo, é a capsaicina.

Surpresa! Elas provocam a libertação de endorfinas verdadeiras morfinas internas, analgésicos naturais, extremamente potentes que o nosso cérebro fabrica!

O mecanismo é simples: Assim que se ingere um alimento apimentado, a capsaicina ou a piperina activam receptores sensíveis na língua e na boca. Esses receptores transmitem ao cérebro uma mensagem primitiva e genérica, de que a sua boca estaria pegando fogo. Tal informação, gera, imediatamente, uma resposta do cérebro no sentido de salvá-lo desse fogo: você começa a salivar, sua face transpira e seu nariz fica húmido, tudo isso no intuito de refrescá-lo.

Além disso, embora a pimenta não tenha provocado nenhum dano físico real, seu cérebro, enganado pela informação que sua boca estava pegando fogo, inicia, de pronto, a fabricação de endorfinas, que permanecem um bom tempo no seu organismo, provocando uma sensação de bem-estar, uma euforia, um estado alterado de consciência muito agradável, causado pelo verdadeiro banho de morfina interna do cérebro.

E tudo isso sem nenhuma gota de álcool!
Quanto mais arder o gindungo, mais endorfina é produzida!
E quanto mais endorfina, menos dor e menos enxaqueca.

E tem mais: as substâncias picantes do gindungo (capsaicina e piperina) melhoram a digestão, estimulando as secreções do estômago.
Possuem efeito carminativo (anti flatulência).
Estimulam a circulação no estômago, favorecendo a cicatrização de feridas (úlceras), desde que, é claro, outras medidas alimentares e de estilo de vida sejam aplicadas conjuntamente.

Existem cada vez mais estudos demonstrando a potente acção antioxidante (anti envelhecimento) da capsaicina e piperina.

Pesquisadores do mundo todo não param de descobrir que o gindungo, tanto do género piper (pimenta-do-reino) como do capsicum (gindungo), tem qualidades farmacológicas importantes. Além dos princípios activos capsaicina e piperina, o condimento é muito rico em vitaminas A, E e C, ácido fólico, zinco e potássio. Tem, por isso, fortes propriedades antioxidantes e protectores do DNA celular.

Também contém bioflavonóides, pigmentos vegetais que previnem o câncer. Graças a essas vantagens, a planta já está classificada como alimento funcional, o que significa que, além de seus nutrientes, possui componentes que promovem e preservam a saúde.
Hoje ela é usada como matéria-prima para vários remédios que aliviam dores musculares e reumatismo, desordens gastrointestinais e na prevenção de arteriosclerose.

Apesar disso, muitas pessoas ainda têm receio de a consumir pois acreditam que possa causar mais mal do que bem. Se você é uma delas, saiba que diversos estudos recentes têm revelado que o gindungo não é um veneno nem mesmo para quem tem hemorróidas, gastrite ou hipertensão.

DOENÇAS QUE O JINDUNGO CURA E PREVINE

Baixa imunidade
O gindungo tem sido aplicado em diversas partes do mundo no combate à SIDA (aids) com resultados promissores.

Câncer
Pesquisas nos Estados Unidos apontam a capacidade da capsaicina de inibir o crescimento de células de tumor maligno na próstata, sem causar toxicidade. Outro grupo de cientistas tratou seres humanos portadores de tumores pancreáticos malignos com doses desse mesmo princípio activo. Depois de algum tempo constataram que houve redução de 50% dos tumores, sem afectação das células pancreáticas saudáveis ou efeitos colaterais.
Já em Taiwan os médicos observaram a morte de células cancerosas do esófago.

Depressão
A ingestão da iguaria aumenta a liberação de noradrenalina e adrenalina, responsáveis pelo nosso estado de alerta, que está associado também à melhora do ânimo em pessoas deprimidas.

Enxaqueca 
Provoca a liberação de endorfinas, analgésicos naturais potentes, que atenuam a dor.

Esquistossomose
A cubebina, extraída de um tipo de pimenta asiática, foi usada em uma substância semi-sintética por cientistas da Universidade de França e da Universidade de São Paulo. Depois do tratamento (que tem baixa toxicidade e, por isso, é mais seguro), a doença em cobaias foi eliminada.

Feridas abertas
É anti-séptica, analgésica, cicatrizante e anti-hemorrágica quando o seu pó é colocado directamente sobre a pele machucada.

Gripes e resfriados
Tanto para o tratamento quanto para a prevenção dessas doenças, é comum recomendar a ingestão de um pequeno gindungo por dia, como se fosse uma pílula.

Hemorróidas
A capsaicina tem poder cicatrizante e já existem remédios com gindungo para uso tópico.

Infecções
O alimento combate as bactérias, já que tem poder bacteriostático e bactericida, e não prejudica o sistema de defesa. Pelo contrário, até estimula a recuperação imunológica.

Males do coração
O gindungo caiena tem sido apontada como capaz de interromper um ataque cardíaco em 30 segundos.. Ela contém componentes anticoagulantes que ajudam na desobstrução dos vasos sanguíneos e activam a circulação arterial.

Obesidade
Consumida nas refeições, ela estimula o organismo a diminuir o apetite nas seguintes. Um estudo revelou que o gindungo derrete os stocks de energia acumulados em forma de gordura corporal. Além disso, aumenta a temperatura (termogénese) e, para dissipá-la, o organismo gasta mais calorias. As pesquisas indicam que cada grama queima 45 calorias.

Pressão alta
Como tem propriedades vasodilatadoras, ajuda a regularizar a pressão arterial.

MOLÉCULA PARA CURA DO ALZHEIMER

Cientistas descobrem molécula que pode pôr fim a Alzheimer
26/11/19 08:33 ‧ Por Liliana Lopes Monteiro

Uma equipa de investigadores do Instituto Europeu de Pesquisa do Cérebro da Fundação Rita Levi-Montalcini, em Itália, descobriu uma forma de atrasar ou mesmo de impedir o aparecimento da doença de Alzheimer - o tipo mais comum de demência, que afecta 44 milhões de pessoas em todo o mundo.

Segundo um estudo publicado esta segunda-feira no periódico científico Nature, foi detectada uma molécula que rejuvenesce as células cerebrais, bloqueando desta forma a doença de Alzheimer logo na primeira fase.

A molécula em questão, o anticorpo A13, estimula o nascimento de neurónios ao mesmo tempo que combate os problemas que advém da patologia debilitante.

Para efeitos daquela pesquisa, os cientistas italianos conduziram experiências em ratos que conseguiram produzir neurónios saudáveis e funcionais. Estima-se que a descoberta possa trazer com ela novas possibilidades de tratamento e diagnóstico da doença.

>O que é a doença de Alzheimer?

De acordo com informações disponibilizadas pela rede de hospitais CUF, a doença de Alzheimer, de instalação insidiosa e progressão lenta, afecta, primeira e predominantemente, a memória episódica. Ou seja, o doente começa por ter dificuldades em lembrar-se de fragmentos recentes da sua vida (onde coloca os objectos, os recados, o que comeu no dia anterior, em que dia do mês está).

Quais os sintomas da doença de Alzheimer?

As memórias mais remotas resistem melhor, mas acabam também por se perder ao longo da doença. Ao defeito de memória vão-se juntando lentamente outros sintomas característicos da doença de Alzheimer:

- começa a haver dificuldade em reconhecer pessoas;
- o discurso torna-se cada vez mais pobre e entrecortado à procura de palavras; a orientação em espaços fica cada vez mais difícil;
- com o tempo começam também a surgir as primeiras alterações do comportamento, sendo frequentes as alucinações visuais e a actividade delirante (o doente achar que o roubam ou perseguem), resultando em agitação e agressividade.

Este conjunto de dificuldades aumenta até ser suficiente para a pessoa deixar de viver de forma autónoma, tendo que ser ajudada em tarefas antes realizadas de forma natural como cozinhar, vestir-se, lavar-se, lidar com electrodomésticos ou dinheiro.

Alzheimer em Portugal e no mundo

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a taxa de prevalência desta doença, que aumenta exponencialmente com a idade, varia de até 1% aos 60-65 anos a quase 50% acima dos 90 anos, estimando-se um total superior a 150 mil doentes em Portugal e 44 milhões em todo o mundo.

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

PODERES DO ALECRIM CONTRA DEMÊNCIA E ALZHEIMAR

Os superpoderes do alecrim contra a demência e Alzheimer
21/11/19 09:15 ‧ Por Liliana Lopes Monteiro

Inúmeras propriedades benéficas para o bom funcionamento do cérebro são creditadas a esta planta, mas será que são verdade?



 © iStock 

Em 'Hamlet', a obra intemporal de William Shakspeare, Ofélia diz ao irmão, Laerte, que o alecrim é bom para a memória. E a crença nos poderes da erva perduraram por séculos. Mas será que se trata apenas de uma crença popular ou que tem de facto fundamento científico?

A BBC resolveu investigar e decidiu conversar com o professor da Universidade da Northumbria, Mark Moss, que estuda os possíveis benefícios do óleo essencial de alecrim para a memória. Numa das pesquisas de Moss, este e uma equipa de investigadores analisaram os efeitos do óleo de alecrim nos idosos.

Os idosos, que achavam que estavam a testar uma água com vitaminas, entravam numa sala que havia sida exposta a uma infusão de óleo de alecrim, óleo de lavanda e por outra sala sem qualquer cheiro.

Depois de estarem na sala, os voluntários passavam por um teste de memória. E o que os resultados mostraram foi incrível: após passarem pela 'sala de alecrim', os idosos realmente tinham melhores notas nos exames. Já o cheiro da lavanda diminuiu a sua performance - sendo que, na medicina ancestral, ela é associada com o sono e relaxamento, o que faz sentido.

Existem compostos no óleo de alecrim que podem, sim, ser responsáveis pela mudança na performance da memória. Um deles é o eucaliptol, com um aroma extremamente agradável e que pode agir da mesma forma que drogas aprovadas para o tratamento de demência, já que causa um aumento do neurotransmissor chamado acetilcolina. Basicamente, o composto impede que esse neurotransmissor se transforme numa enzima. Isso seria plausível em relação ao óleo, já que sabemos que a inalação é uma das maneiras mais eficazes de produzir efeitos no cérebro.

E por que o óleo seria melhor do que a ingestão do alecrim? Basicamente porque quando comemos algo, o fígado processa os químicos. Mas quando a administração da substância é por inalação, as moléculas passam diretamente para a corrente sanguínea, sem serem processadas pelo fígado, e indo para o cérebro. Tanto que testes com os voluntários da pesquisa de Moss apresentaram traços do óleo de alecrim no sangue.