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sexta-feira, 10 de março de 2017

O regime Paleolítico: regressemos à idade da pedra!


 Menos doenças, mais energia, menos barriga.
 Estas são as promessas do regime paleolítico, 
que advoga um retorno à alimentação dos
 nossos antepassados caçadores-recoletores.

O nosso código genético moldado, por milhões de anos de existência, determina as nossas necessidades nutricionais.

 Hoje assiste-se a uma inadaptação cada vez mais flagrante entre o meio ambiente e o nosso património genético.

É surpreendente constatar que o nosso genoma é quase idêntico ao do caçador-recoletor do período Paleolítico. O nosso património genético está perfeitamente adaptado ao meio ambiente e ao modo de vida dos nossos antepassados: alimentação composta em dois terços por produtos de origem vegetal e em um terço por produtos de animais selvagens – peixe e caça, com actividade física regular e intensa.

 Conclusão: a nossa herança genética hoje está completamente inadaptada ao estilo de vida moderno: alimentos hiper refinados, hipercalóricos e inatividade física generalizada.

 Os cereais só apareceram com o advento da Agricultura, e o período Neolítico, há cerca de 10.000 anos, enquanto a agricultura animal apareceu pela primeira vez há 7.000. O que quer dizer que até muito recentemente não havia nem cereais nem produtos lácteos, nem açúcar nem óleos vegetais. Ora o que a evidência cada vez mais sugere é que o divórcio entre a nossa dieta moderna e estilo de vida, e os nossos ainda muito paleolíticos genes, é responsável pela maioria das chamadas doenças da civilização que cada mais nos atingem: obesidade/sindroma metabólico, diabetes tipo 2, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, hipercolesterolémia, doenças auto-imunes, osteoporose, doenças degenerativas e cancro.

 Antes, na altura em que o homem praticava a alimentação e o modo de vida paleolítico, não se conheciam praticamente estas doenças. 

Sabendo-se que a mortalidade infantil era alta devido à falta de condições de assistência ao parto, a taxa de mortalidade do homem Paléo era fraca até aos 40 anos. Fora da mortalidade infantil, morria-se em média aos 72 anos. o que é notável se levarmos em linha de conta que os antibióticos não existiam – o Fleming só apareceu em 1928…- e ao mais pequeno arranhão contraía-se uma infecção que podia depois resultar em septicémia e morte. 

 Assim, em 70% dos casos as mortes aconteciam como resultado duma infecção ou duma doença intestinal, em 20% dos casos na sequência de atos violentos ou acidentes, e só em 9% dos casos a morte resultava de doenças degenerativas (Gurven, M. and Kaplan, H. (2007), Longevity Among Hunter-Gatherers: A Cross-Cultural Examination. Population and Development review, 33: 321-365). 

Comer “Páleo” em 2015, significa adoptar uma alimentação simples à base de produtos naturais não transformados: carne (se possível oriunda da agricultura biológica, alimentada portanto de erva, sem antibióticos ou anabolizantes e privilegiar a de caça), peixe (se possível selvagem), ovos, frutas (evitar os sumos e as tropicais - banana, papaia, manga e ananás), vegetais, legumes (em número reduzido), nozes e amêndoas, batata doce, castanhas e inhame entre outros, deixando completamente de lado cereais, produtos lácteos e açúcar. 

O Prof. Doutor Manuel Pinto Coelho, 66 anos, médico, licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, consagra a segunda parte da sua Vida a ajudar as pessoas a envelhecer de forma saudável, de maneira a conseguirem chegar “novas a velhas”, como diz. Doutorado em Ciências da Educação pela UTAD, Diplomado em Medicina anti-envelhecimento pela Universidade Autónoma de Barcelona e representante na Europa da Inflamaging Physician Network, está empenhado não só a tratar doenças, mas, antes de tudo, a preveni-las, ajudando as pessoas a atingir níveis superiores de bem estar, retardando e mesmo invertendo o processo de envelhecimento.


fonte : https://www.doutorpintocoelho.pt/noticia.php?id_not=27

1 comentário:

A. João Soares disse...

Um bom texto que deve ser meditado por pessoas de todas as idades afim de se manterem «novas» até serem idosas:: Procurar morrem muito idoso, mas ainda «jovem».