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domingo, 8 de janeiro de 2012

Proteja o seu coração

Dois em cada três portugueses têm colesterol alto.


O colesterol não dói, não se sente e é silencioso. E é também um dos maiores fatores de risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
O colesterol é uma gordura essencial ao bom funcionamento do nosso organismo, pois intervém na produção de um grande número de substâncias, tais como hormonas ou vitaminas, bem como no processo de manutenção da estrutura das nossas células.
No entanto, e como em tudo na vida, quando em excesso, o colesterol pode também acumular-se nas paredes das artérias e contribuir para o desenvolvimento de doenças coronárias.

O colesterol em excesso, especialmente o que se costuma chamar de «mau» colesterol, é um dos principais fatores de risco no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que todos os anos são responsáveis por cerca de metade das mortes em Portugal. A cada hora que passa, morrem em Portugal três pessoas devido a um acidente vascular cerebral, o problema que mais mortes provoca no nosso país. Logo a seguir, vem o enfarte do miocárdio. Vários fatores se conjugam para a ocorrência destes problemas, mas, na esmagadora maioria, existe um denominador comum: o colesterol elevado.

Na prática, o que acontece é que o colesterol, quando existe em excesso, potencia o desenvolvimento da aterosclerose, nada mais do que a formação de placas de gordura que se alojam nas artérias. Como é um processo silencioso, não se dá por ele, e ao longo dos anos as gorduras presentes na circulação depositam-se lenta e paulatinamente na parede das artérias, formando-se uma lesão que vai interferir com o fluxo de sangue na artéria afectada. E daí ao aparecimento das doenças relacionadas com a aterosclerose é um passo: angina de peito, enfarte do miocárdio, morte súbita, acidente isquémico (trombose), acidente vascular cerebral, doença vascular dos membros inferiores ou dos rins.

A melhor atitude a ter é a prevenção e a mudança de hábitos e estilos de vida. Ao mesmo tempo, é importante importante estar informado e desmistificar algumas ideias feitas em torno do colesterol. Por isso mesmo, as Selecções do Reader’s Digest foram ouvir o cardiologista Ricardo Gil Oliveira, do Instituto do Coração, até porque acabámos de viver a época das festas, tão propícia aos excessos alimentares.
  • 1. Os excessos alimentares do Natal são mais perigosos que os excessos do verão?
O Natal e o verão são logicamente épocas diferentes no que toca aos excessos alimentares. No período imediatamente anterior ao verão, muitos portugueses optam por uma alimentação e um estilo de vida mais saudáveis, estimulados pelo desejo de emagrecerem e chegarem à elegância pretendida. No entanto, principalmente durante as férias, ainda são muitos os que, desculpando-se com a necessidade de fugir à rotina, cometem excessos alimentares: refeições fora de casa, com maior quantidade de gordura, mariscadas e petiscos fora de horas são alguns exemplos.
No Natal, os excessos concentram-se nos diversos alimentos típicos da época, que são maioritariamente ricos em gordura saturada.
As rabanadas, os sonhos, as filhós e todos os fritos de Natal, aos quais se associam novas formas (e cada vez mais utilizadas) de confecionar o bacalhau, como é o caso do bacalhau com natas, são comuns nas mesas de Natal dos portugueses, e geralmente em grandes quantidades, o que implica uma maior porção por pessoa, mas extremamente ricos em gorduras saturadas e colesterol. Quer a alimentação típica de verão, quer a de Natal, combinadas com a falta de atividade física, podem resultar num fim de época com níveis de colesterol acima dos que são desejados.
  • 2. Após as férias, as pessoas tendem a desleixar-se com os cuidados alimentares. Que cuidados devem ter após esses períodos?
É importante não esquecer que todos os dias contam! 
De férias ou a trabalhar, no verão ou no inverno, o colesterol pode acumular-se nas nossas artérias todos os dias, e por isso todos os dias são importantes para cuidar do nosso colesterol. Agora, tal como no resto do ano, devemos optar por uma alimentação e um estilo de vida mais saudáveis.
Recomenda- se aumentar a ingestão de peixe, como o salmão ou a sardinha, e de fruta, vegetais e cereais integrais e reduzir ou evitar o consumo de carnes vermelhas, gema de ovo, manteiga, queijos curados e produtos de charcutaria.
Optar por utilizar azeite em detrimento das gorduras de origem animal e por formas mais saudáveis de cozinhar, como os grelhados, os cozidos e os cozinhados a vapor, são outras recomendações que devem ser seguidas.
Para além destes cuidados com a alimentação, recomenda-se ainda a ingestão de alimentos com esterois vegetais, que ajudam a reduzir o colesterol ativamente! Os esterois vegetais bloqueiam no intestino parte da absorção do colesterol que é ingerido, ajudando o organismo a expulsá-lo e, consequentemente, a reduzir o nível de colesterol no sangue.
No mercado, os alimentos com esterois vegetais estão disponíveis maioritariamente sob a forma de produtos lácteos. Os cuidados com a alimentação e a ingestão de esterois vegetais devem fazer parte de um estilo de vida saudável que inclua também a prática regular de atividade física; por isso, recomenda-se, por exemplo, 30 minutos de caminhada por dia.
Estas mudanças não devem ser ocasionais ou apenas depois de cometermos alguns excessos, mas sim integradas como um comportamento no nosso dia a dia.
Os níveis de colesterol no sangue devem ser vigiados e mantidos dentro dos valores recomendados todos os dias em todas as estações do ano!
  • 3. O regressar à rotina, ao stress, também pode afectar os níveis de colesterol?
O nosso corpo também produz colesterol, pelo que essa produção pode ser influenciada por vários fatores, entre os quais o stress. O stress estimula o sistema nervoso simpático, libertando adrenalina na corrente sanguínea, o que provoca o aumento da pressão arterial, um dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares. Para além disso, quando combinado com outros fatores, como uma má alimentação, o sedentarismo ou o tabagismo, o stress pode provocar o aumento de LDL, ou «mau» colesterol, e a diminuição de HDL, considerado «bom» colesterol.
  • 4. O colesterol pode ser genético? Pode ser herdado?
O colesterol tem duas origens possíveis:
-Cerca de 30% são provenientes da alimentação (encontra-se especialmente em produtos de origem animal, tais como as carnes, o leite gordo, o queijo, a manteiga e os ovos), mas a maior parte é produzida no fígado, de acordo com as necessidades do organismo, mas esta produção pode ser influenciada por vários factores, entre os quais a hereditariedade ou factores genéticos.
Para muitas pessoas, a causa de colesterol elevado é hereditária e é causada pela produção em excesso ou pela dificuldade na sua utilização. Os familiares directos (filhos, irmãos, pais) de pessoas com o colesterol alto devem fazer análises de sangue para saber se também têm o mesmo problema.
  • 5. Existem muitos mitos em torno do colesterol. Como o de ser um problema das pessoas com excesso de peso. Mas o colesterol afecta também as pessoas magras ...
O excesso de peso é um dos factores que podem contribuir para o aumento do colesterol, mas não é necessariamente sinal de colesterol elevado.
O que acontece é que geralmente este problema está associado ao sedentarismo e a erros alimentares que também levam a níveis de colesterol mais elevados, e, por isso mesmo, muitas vezes os dois problemas coexistem na mesma pessoa.
Contudo, uma pessoa com um peso considerado normal ou saudável pode, sem se aperceber, ter níveis de colesterol elevados devido a outros fatores não controláveis, como a hereditariedade, a idade, a menopausa ou ainda doenças como a diabetes ou a insuficiência renal. Por esta razão, é importante reforçar que o colesterol é o que costumamos chamar de «inimigo silencioso», exatamente porque não tem sintomas nem sinais, e sem o sentirmos pode acumular-se nas nossas artérias e levar ao desenvolvimento de doenças coronárias.
  • 6. Os obesos têm maior propensão para ter colesterol alto?
Como referido anteriormente, o excesso de peso e a obesidade estão muitas vezes associados a outras doenças como a hipercolesterolemia, uma vez que as causas de todas elas passam pelos mesmos erros alimentares e pelo sedentarismo.
Nestas situações, onde coexiste uma multiplicidade de patologias, o risco cardiovascular é exponencialmente aumentado, pelo que os cuidados devem ser redobrados. Esses indivíduos apresentam igualmente um aumento de gordura visceral, levando a situações de resistência à insulina, hipertrigliceridemia, tensão arterial elevada, a chamada síndroma metabólica.
  • 7. O que é o colesterol bom e o colesterol mau?
O corpo humano tem um sistema arterial que leva o sangue a todo o organismo. No sangue, são transportadas todas as substâncias necessárias para o nosso corpo, incluindo o colesterol. Mas o colesterol, sendo uma gordura, não pode ser transportado sozinho. Existem dois tipos de transportadores que fazem percursos contrários:
O LDL transporta o colesterol do fígado para as artérias para ser distribuído pelas várias células do corpo onde é utilizado; no caso de estar em excesso, pode acumular-se nas paredes das artérias, e por isso é chamado de «mau colesterol».
O HDL transporta o excesso de colesterol que está nas artérias para o fígado para depois ser reciclado ou eliminado, e este é conhecido como «bom colesterol».

O problema surge quando o excesso de colesterol nas artérias é tanto que o HDL não o consegue transportar todo de volta para o fígado. Nesta situação, embora não o sinta, o colesterol poderá acumular-se progressivamente nas paredes das artérias e, se nada for feito a tempo, pode mesmo bloquear a passagem do sangue.
  • 8. Que tipo de alimentos devem ser evitados para eliminar o colesterol mau?
Antes de mais, é importante esclarecer que o colesterol, quer o HDL, quer o LDL, é fundamental ao organismo humano, pelo que o objectivo deve ser mantê-lo dentro dos valores considerados saudáveis.
O que mais influencia o nível de colesterol sanguíneo é a qualidade de gordura na nossa alimentação, e não só a quantidade de colesterol que ingerimos nos alimentos.
A regra é simples: escolher gorduras insaturadas (como o azeite, óleo de amendoim, de girassol e de milho; o abacate e alguns frutos oleaginosos e o peixe), limitar as gorduras saturadas (carne, marisco e pele de frango e lacticínios gordos.
Alguns alimentos vegetais têm também uma concentração elevada de gordura saturada: coco e óleo de coco e óleo de palma) e evitar as gorduras trans.
Os ácidos gordos trans, mais conhecidos como gorduras trans, são produzidos por um processo chamado hidrogenação, que ocorre quando se aquece a gordura (mesmo a vegetal) a altas temperaturas. A maior parte deste tipo de gordura é proveniente de comida pré-confecionada, algumas margarinas, batatas fritas e outros fritos.

O ideal seria seguir um plano alimentar saudável, equilibrado e que inclua a toma diária de esterois vegetais antes da principal refeição e 30 minutos de exercício físico diário. É possível ter acesso a um destes planos através da plataforma www.queroreduzirocolesterol.com.
  • 9. E quais os alimentos onde podemos ir buscar o colesterol de que necessitamos?
Como referido anteriormente, o que mais influencia os níveis de colesterol é não só a quantidade de gordura, mas também a qualidade. Actualmente, sabe-se que as gorduras saturadas aumentam o colesterol, elevando o colesterol colesterol LDL, ou o chamado mau colesterol e as gorduras insaturadas diminuem o colesterol mau e aumentam o colesterol HDL, ou o chamado colesterol bom. As gorduras trans são consideradas as mais nefastas, já que, para além de aumentarem o colesterol mau, diminuem o colesterol bom.

Assim, para aumentar os níveis de colesterol HDL, devemos optar pelas gorduras insaturadas como o azeite, o óleo de amendoim, de girassol e de milho, o abacate e alguns frutos oleaginosos e peixe. É contudo importante ter consciência de que o segredo é ter uma alimentação variada e equilibrada.
  • 10. Sendo um problema silencioso, com que regularidade devemos controlar o colesterol?
O colesterol em excesso é aquilo a que costumamos chamar o «inimigo silencioso», exatamente porque não tem sintomas, e mesmo sem o sentirmos pode acumular-se nas nossas artérias e levar ao desenvolvimento de doenças coronárias.
Devemos cuidar do nosso colesterol fazendo rastreios de 3 em 3 meses, de forma a verificar se os níveis estão dentro do recomendado, ou seja, abaixo de 190 mg/dl, para evitarmos as consequências desta doença que afecta cerca de 56% dos portugueses.

Embora seja um «inimigo silencioso», a boa notícia é que o colesterol elevado é simples de detectar e há muitas coisas que podemos fazer para o reduzir: uma alimentação equilibrada, um estilo de vida activo e saudável todo o ano e alimentos com esterois vegetais, que nos ajudam a reduzir o colesterol activamente!
  • 11. Quem tem o colesterol elevado enfrenta que tipo de riscos?
O colesterol é um dos principais factores de risco aterosclerótico. Deposita-se nas artérias ao longo dos anos, formando as placas ateroscleróticas e seguindo um processo evolutivo designado por aterosclerose, difícil de detectar clinicamente até as obstruções arteriais provocadas por essas placas se tornarem limitativas da irrigação sanguínea e serem sintomáticas.

Todos os territórios vasculares podem ser afectados e muitas vezes a oclusão arterial é o primeiro sintoma, causando, por exemplo, o enfarte do miocárdio (artérias coronárias) ou o acidente vascular cerebral (artérias cerebrais). Na ausência de sintomas, a determinação sanguínea dos níveis elevados de colesterol e seus derivados (o colesterol LDL, ou mau colesterol, o colesterol HDL, ou bom colesterol, e os triglicéridos) permitirá corrigir este processo.
  • 12. Que cuidados devemos ter antes e depois da época natalícia?
Temos que fazer as escolhas certas para o nosso dia a dia, seleccionar os alimentos mais saudáveis, aumentar o consumo de peixe e de fruta, vegetais e cereais integrais e reduzir o consumo de carnes vermelhas, gema de ovo, manteiga, queijos curados e produtos de charcutaria. Optar por utilizar azeite em vez das gorduras de origem animal, grelhados e os cozinhados a vapor. 
Temos também à nossa disposição alimentos com esterois vegetais, que nos ajudam a reduzir o colesterol activamente! Os esterois vegetais bloqueiam no intestino parte da absorção do colesterol que ingerimos, ajudando o organismo a expulsá-lo e, consequentemente, a reduzir o nível de colesterol no sangue. O Danacol contém 1,6 g de esterois vegetais, que ajudam a reduzir até 10% de colesterol em apenas duas a três semanas.

Para ajudar a fazer as escolhas certas, o programa Quero Reduzir o Colesterol, uma iniciativa da Danacol em parceria com o Instituto do Coração, pretende alertar a população para a importância de uma alimentação equilibrada e um estilo de vida saudável. 
Este programa está disponível na plataforma da Internet www.queroreduzirocolesterol.com e engloba um plano alimentar com inclusão de esterois vegetais e um plano de atividade física, promovendo a redução ativa do colesterol.

artigo retirado daqui

2 comentários:

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida
O colesterol bom também precisa de cuidados... é o meu problema...
Bjm de paz e alegria

greentea disse...

faço tudo isto que aqui é recomendaddo e hoje o meu colesterol esta em 382...