Comer bem e barato é possível. Lista de compras regrada, boa conservação dos alimentos e reaproveitamento de alimentos são algumas ideias-chave.
A alimentação ocupa um lugar central na gestão da economia familiar. Planeie bem as compras: é aqui que começa a poupar. Faça uma lista adequada às necessidades do seu agregado. Assim evita comprar a mais e ajuda a reduzir o desperdício de comida.
- Na loja
Esteja atento às promoções, dado ser uma forma de economizar. Verifique os prazos de validade e certifique-se de que consegue consumir o alimento antes do prazo expirar. Esta, cautela é válida para os produtos perecíveis em geral, como iogurtes, e não só aqueles em promoção. Escolha aqueles com prazo de validade mais alargado ou que se encontrem mais afastado do seu final.
Evite compras supérfluas. Não faça compras com fome ou acompanhado de crianças. Assim será mais fácil manter-se fiel à lista das compras e resistir à tentação de comprar bens desnecessários.
Opte por produtos mais baratos. Os nossos estudos provam que é possível comprar, com qualidade, lacticínios, conservas, bebidas alcoólicas, alimentos frescos e congelados a alguns cêntimos ou euros a menos. São marcas de distribuição, mas não só. Exemplos: pescada congelada, pastéis de bacalhau, rissóis de camarão, conservas de feijão, grão-de-bico e atum, leite UHT meio gordo, queijo fresco de longa duração, o tradicional, o fresco para barrar e ainda o fundido. Pizas, pão de forma, sopas embaladas, chá verde, cerveja e vinho também apresentam uma boa relação entre a qualidade e o preço.
- Em casa
Conserve bem os alimentos. Estragar menos comida também é poupar. Ao chegar a casa, guarde os alimentos correctamente. Se restar comida de refeições anteriores, coloque no frigorífico na zona mais fria. As sobras aguentam alguns dias se estiverem bem cozinhadas e guardadas, no máximo, a 4º C. Se prever não consumir entre 1 e 3 dias, congele. Algumas frutas, como a banana ou a maçã, aceleram o amadurecimento das restantes. Guarde-as numa fruteira separada.
O frigorífico e a despensa exigem uma gestão eficiente. Os alimentos com prazo de validade mais perto do final devem estar à frente, para serem consumidos em primeiro lugar. O mesmo acontece com as sobras. Após abertos, os produtos não têm o mesmo prazo de validade indicado no rótulo, dado estarem mais expostos ao ar e se tornarem mais vulneráveis.
Tenha atenção à validade, para não correr o risco de estragar comida. Distinga entre data-limite de consumo (“consumir até...”) e durabilidade mínima (“consumir de preferência antes de...”). Os alimentos com data de durabilidade mínima ultrapassada podem ser consumidos com maior segurança. Já nos alimentos muito perecíveis, com indicação da data-limite de consumo, esta deve ser respeitada, caso contrário pode ter uma intoxicação alimentar.
Prepare as refeições em casa. As alterações ao imposto sobre o valor acrescentado (IVA) agravaram, desde Janeiro de 2012, o preço de muitos alimentos. Adapte os seus hábitos alimentares. Se é difícil substituir óleos alimentares e cremes vegetais, o mesmo não se pode dizer das batatas fritas, sobremesas e refeições prontas. Ao confeccioná-las em casa, poupa dinheiro e, ao mesmo tempo, pode optar por alternativas mais saudáveis. Aproveite ainda para levar refeições preparadas de casa para o trabalho.
Aproveite as sobras. “Recicle” ingredientes de refeições anteriores para as seguintes. Por exemplo, se sobrar carne pode reaproveitá-la e fazer empadão. Do pão pode fazer torradas ou tostas. Assados no forno ganham vida e cor ao juntar fruta. Neste caso, opte por fruta mais madura. Batidos e sumos são também uma boa opção.
fonte: DECO Proteste
2 comentários:
Amiga Fê,
Estes bons conselhos devem ser difundidos a toda a gente. Obrigado por os ter partilhado. Nos primeiros anos de escolaridade devia ser ensinado ás crianças a serem gestores da sua vida. A serem bons gestores que terão de dar provas em cada momento.
Se todos tivessem essa noção, não cairíamos nesta crise que nos oprime. Aqueles em que tal ignorância é mais preocupante são os governantes que, com uma boa aplicação de contas de somar e de subtrair teriam evitado os défices, e as dívidas, o desemprego e a recessão daí advenientes.
Beijos
João
Amiga Fê,
Já cá não vinha há bué, mas hoje (estou mais desanuviada) apeteceu-me e digo-te mesmo, tenho poupado umas coisas só por organizar melhor as compras. Assim até deu para hoje dar mais apoio ao Banco Alimentar.
Temos que ser uns para os outros.
Bom FdS
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