Transcrição motivada pelo interesse mútuo referido na primeira linha do texto
A obesidade e o emagrecimento
Recordando um texto do amigo João Soares, sôbre as vantagens duma boa alimentação, eu gostaria de referir aqui a minha curiosidade quando vou ao supermercado e vejo membros duma família que, por um motivo ou por outro, se tornaram obesos. Não gostaria que o termo “obesos” fosse confundido com aquelas pessoas gordinhas, cheiinhas, normalmente de bom carácter e permanente boa disposição e que, por vezes, até são gordinhas porque um desequilíbrio do seu sistema endócrino as fez assim e não porque afogam os seus desgostos e/ou complexos em “burger kings”, dunkin’ donuts, chocolates ou coca-cola, por exemplo. Não tenho nada contra essas pessoas, para além de suscitarem um alerta: o da necessidade de serem acompanhadas por um competente nutricionista para que, a médio prazo, não venham a sofrer de graves problemas de saúde, nomeadamente renais e da diabetes, já para não falar de artritismo ou de problemas cardíacos.
Ora eu constato que, praticamente sem excepções, os referidos trolleys de compras dessas pessoas estão cheios de produtos altamente condenáveis para a saúde e que contribuem, em elevada medida, para que a sua obesidade, mais do que diminuir, aumente. E o que é que acontece? A partir da idade escolar, pelo menos, toda a criança que foi de tal modo “atafulhada” de alimentos em pequenina, quantas vezes à força e que, consequentemente, se tornou obesa é, frequentemente, sujeita a perseguições e intimidações por parte de colegas ficando, irremediavelmente ou não, com profundas marcas para toda a vida. Sinto uma grande revolta sempre que tenho conhecimento de casos destes. Pobres crianças e, numa grande maioria dos casos, até são obesas por excesso de zelo por parte dos pais.
Gostaria, igualmente, de referir o caso das pessoas, maioritariamente mulheres, que deixam de comer para “manter a linha”. Tornou-se uma obsessão, em muitas jovens, quererem imitar a silhueta duma determinada celebridade e, para o conseguirem, recorrem demasiadamente cedo a tudo, nomeadamente à redução de alimentos e à cirurgia plástica nos seios, no rosto, enfim, nas zonas a alterar. Isto está a ser preocupante e. No Reino Unido, por exemplo, há contínuas advertências aos riscos que correm estas jovens.
Há dois dias estava eu numa ervanária inglesa a tentar ser atendida para comprar cardo mariano, em sementes, para um familiar. Curiosamente, não encontrei isso, ainda, nas inúmeras lojas que percorri. Dispunha ainda de alguma esperança e de tempo e, por isso mesmo, não estava preocupada com o facto do dono da loja estar a demorar muito a atender a jovem que estava à minha frente. Estava até encantada a ouvi-lo falar de problemas de obesidade. Ele revelava profundos conhecimentos da matéria, mas o que estava a parecer-me estranho era o facto da jovem com quem ele estava a falar, ser extremamente elegante e, portanto, não compreendia porque estava ela interessada em tanta coisa para emagrecer. Devo esclarecer que o dono da loja não me parecia preocupado com o facto de estar a vender-lhe produtos para emagrecer (ou para não engordar) porque a missão dele não é a de impedir as compras na sua loja, mas sim promovê-las. A única coisa que estava a deixar-me, direi, aborrecida, era o facto dessa jovem “estar-se nas tintas” se haveria outras pessoas à espera. Ela queria conhecer tudo e mais alguma coisa sôbre o que essa ervanária vendia para emagrecimento e, portanto, não teria eu outra alternativa senão esperar. No final eu vi-a pagar £100 por 3 produtos.
Querendo conseguir o aspecto físico da sua celebridade preferida, há muitas jovens que nem sequer consideram o facto de muitas dessas celebridades não passarem de robots comandados por exigentes defensores da figura padrão, os quais se estão marimbando para a saúde delas. O objectivo deles é ganhar dinheiro com os robots que criam. Choca-me ver que há pessoas, elegantíssimas, a gastar rios de dinheiro, seja em cirurgia plástica, seja em produtos para emagrecer, alguns dos quais altamente condenáveis por bons nutricionistas e há pessoas gordinhas que não têm qualquer relutância em continuar a alimentar-se de verdadeiros venenos para a sua saúde.
Maria Letra
Publicado por marialetratome em 12 de Agosto de 2009 no blog Letras sem Tretas
A obesidade e o emagrecimento
Recordando um texto do amigo João Soares, sôbre as vantagens duma boa alimentação, eu gostaria de referir aqui a minha curiosidade quando vou ao supermercado e vejo membros duma família que, por um motivo ou por outro, se tornaram obesos. Não gostaria que o termo “obesos” fosse confundido com aquelas pessoas gordinhas, cheiinhas, normalmente de bom carácter e permanente boa disposição e que, por vezes, até são gordinhas porque um desequilíbrio do seu sistema endócrino as fez assim e não porque afogam os seus desgostos e/ou complexos em “burger kings”, dunkin’ donuts, chocolates ou coca-cola, por exemplo. Não tenho nada contra essas pessoas, para além de suscitarem um alerta: o da necessidade de serem acompanhadas por um competente nutricionista para que, a médio prazo, não venham a sofrer de graves problemas de saúde, nomeadamente renais e da diabetes, já para não falar de artritismo ou de problemas cardíacos.
Ora eu constato que, praticamente sem excepções, os referidos trolleys de compras dessas pessoas estão cheios de produtos altamente condenáveis para a saúde e que contribuem, em elevada medida, para que a sua obesidade, mais do que diminuir, aumente. E o que é que acontece? A partir da idade escolar, pelo menos, toda a criança que foi de tal modo “atafulhada” de alimentos em pequenina, quantas vezes à força e que, consequentemente, se tornou obesa é, frequentemente, sujeita a perseguições e intimidações por parte de colegas ficando, irremediavelmente ou não, com profundas marcas para toda a vida. Sinto uma grande revolta sempre que tenho conhecimento de casos destes. Pobres crianças e, numa grande maioria dos casos, até são obesas por excesso de zelo por parte dos pais.
Gostaria, igualmente, de referir o caso das pessoas, maioritariamente mulheres, que deixam de comer para “manter a linha”. Tornou-se uma obsessão, em muitas jovens, quererem imitar a silhueta duma determinada celebridade e, para o conseguirem, recorrem demasiadamente cedo a tudo, nomeadamente à redução de alimentos e à cirurgia plástica nos seios, no rosto, enfim, nas zonas a alterar. Isto está a ser preocupante e. No Reino Unido, por exemplo, há contínuas advertências aos riscos que correm estas jovens.
Há dois dias estava eu numa ervanária inglesa a tentar ser atendida para comprar cardo mariano, em sementes, para um familiar. Curiosamente, não encontrei isso, ainda, nas inúmeras lojas que percorri. Dispunha ainda de alguma esperança e de tempo e, por isso mesmo, não estava preocupada com o facto do dono da loja estar a demorar muito a atender a jovem que estava à minha frente. Estava até encantada a ouvi-lo falar de problemas de obesidade. Ele revelava profundos conhecimentos da matéria, mas o que estava a parecer-me estranho era o facto da jovem com quem ele estava a falar, ser extremamente elegante e, portanto, não compreendia porque estava ela interessada em tanta coisa para emagrecer. Devo esclarecer que o dono da loja não me parecia preocupado com o facto de estar a vender-lhe produtos para emagrecer (ou para não engordar) porque a missão dele não é a de impedir as compras na sua loja, mas sim promovê-las. A única coisa que estava a deixar-me, direi, aborrecida, era o facto dessa jovem “estar-se nas tintas” se haveria outras pessoas à espera. Ela queria conhecer tudo e mais alguma coisa sôbre o que essa ervanária vendia para emagrecimento e, portanto, não teria eu outra alternativa senão esperar. No final eu vi-a pagar £100 por 3 produtos.
Querendo conseguir o aspecto físico da sua celebridade preferida, há muitas jovens que nem sequer consideram o facto de muitas dessas celebridades não passarem de robots comandados por exigentes defensores da figura padrão, os quais se estão marimbando para a saúde delas. O objectivo deles é ganhar dinheiro com os robots que criam. Choca-me ver que há pessoas, elegantíssimas, a gastar rios de dinheiro, seja em cirurgia plástica, seja em produtos para emagrecer, alguns dos quais altamente condenáveis por bons nutricionistas e há pessoas gordinhas que não têm qualquer relutância em continuar a alimentar-se de verdadeiros venenos para a sua saúde.
Maria Letra
Publicado por marialetratome em 12 de Agosto de 2009 no blog Letras sem Tretas
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