24.06.2011 - 19:41 Por PÚBLICO
Estudo inglês
A obesidade pode causar a diabetes do tipo 2 .
A diabetes do tipo 2 pode não ser incurável. Uma dieta extrema aplicada a pessoas que descobriram há poucos anos que sofriam da doença, conseguiu reverter o seu estado e repor a produção de insulina no pâncreas. A descoberta fez parte de um estudo da Universidade de Newcastle, Reino Unido, que foi apresentado hoje numa conferência da Associação Americana dos Diabetes.
A diabetes do tipo 2 é causada pelo consumo excessivo de açúcar que acaba por pôr em causa o funcionamento da insulina – a substância que ajuda a metabolizar o açúcar (glicose) no sangue. Por um lado, as células do corpo ganham resistência à insulina, por outro a produção desta hormona no pâncreas é debilitada.
Sem a hormona, a glicose acumula-se no sangue em valores altos, a chamada glicemia, e se não é controlada vai causando efeitos cada vez mais perigosos para o corpo, desde cegueira, problemas de circulação que podem obrigar os doentes a amputar as extremidades, até aos ataques cardíacos. Medicação, uma dieta cuidada e exercício físico podem controlar a diabetes por anos mas não curam o problema.
A investigação feita na Universidade de Newcastle em onze indivíduos que tinham descoberto há menos de quatro anos a doença, submeteu-os a uma dieta extrema. Durante oito semanas, os diabéticos ingeriram apenas 600 calorias por dia, menos de um terço da dose diária recomendada. A alimentação passava por líquidos nutritivos e vegetais sem amido.
Passados três meses, sete dos onze indivíduos não tinham diabetes. “Ter pessoas livres de diabetes depois de anos nesta condição é marcante – e tudo por causa de uma dieta de oito semanas”, disse citado pelo Guardian Roy Taylor, professor da Universidade de Newcastle, que liderou o estudo. Depois da dieta, os pacientes voltaram a uma alimentação normal, com aconselhamento sobre os alimentos e as quantidades que deveriam ingerir.
Ao fim de uma semana da dieta, análises feitas aos pacientes mostravam já uma concentração normal de açúcar antes do pequeno-almoço. Mais tarde, os exames feitos ao pâncreas destes doentes mostraram que a acumulação de gordura tinha diminuído e que o órgão tinha voltado a produzir insulina de uma forma normal.
“Acreditamos que isto mostra que a diabetes do tipo 2 está relacionada com o balanço de energia no corpo”, disse Taylor. “Se se come mais do que o que se gasta, o excesso é acumulado no fígado e no pâncreas em gordura, o que pode levar à diabetes do tipo 2 em algumas pessoas. O que precisamos de examinar mais é porque é que algumas pessoas são mais susceptíveis ao desenvolvimento da doença do que outras.”
Segundo o investigador, só cerca de cinco a dez por cento das pessoas é que serão capazes de se manter numa dieta tão dura quanto a necessária. Um regime destes deverá sempre ser supervisionado por um médico.
Imagem do Lucas Jackson/Reuters
A nossa saúde é um tesouro que devemos proteger e guardar com muito cuidado.
ResponderEliminarÉ prciso não exagerar nas bebidas nem de comidas com gorduras saturadas.
Também é bom recordar que muitas pessoas recebem os diabetes por via hereditária e que a idade agrava as situações por falta de defesas próprias do nosso organismo.
Caro Luís Coelho,
ResponderEliminarO precioso tesouro que é a saúde depende, em linhas gerais de dois factores: o pensamento e a alimentação.
As ideias calmas optimistas, esperançosas, sem stress, nem preocupações excessivas, nem ansiedade, tornam mais fácil o funcionamento regular desta máquina muito complexa que é o nosso corpo.
Tenho um exemplo pessoal de um amigo que apareceu no hospital na cama ao lado da minha, tetraplégico, sem poder contrair os músculos. Os médicos não lhe encontravam nada que justificasse tal situação tão grave. Era (faleceu há pouco tempo) um rapaz muito sensível e apercebi-me que estava traumatizado ao pensar na desgraça que podia ter causado com o objecto que teve na mão e que, pouco depois, acabou por me ferir. Procurei libertá-lo desse pensamento e, apesar de me encontrar mal (ele não teve culpa no meu acidente), comecei a convencê-lo que não morri e ia ficar bom e que ele estava a ser «maricas» e parvo ao deixar-se abater por minhoquices, pois fisicamente nada tinha que justificasse estar assim inibido. A nossa amizade permitia esta «agressão» psicológica e com ela consegui que ficasse curado e tivesse alta no dia seguinte.
O cérebro controla todo o software deste corpo.
E além de uma mente bem controlada, não podemos desprezar o efeito daquilo que comemos e bebemos. Há neste blog referências a muitos produtos que ajudam a manter em bom estado de funcionamento o CORPO.
Devemos ter sempre presente a necessidade de boa harmonia entre os dois elementos da equipa: pensamento e alimentação.
Um abraço e bom fim de semana
João